Consumo de Pneus em Goiás. Desafios, Leis e Soluções

Consumo de pneus – O descarte e a destinação de pneus inservíveis tornaram-se um desafio ambiental e de saúde pública em Goiás. As autoridades locais têm enfrentado dificuldades para coibir o despejo irregular desses resíduos, enquanto implementam leis e parcerias para soluções sustentáveis.

Consumo de pneus – O descarte e a destinação de pneus inservíveis tornaram-se um desafio ambiental e de saúde pública em Goiás. As autoridades locais têm enfrentado dificuldades para coibir o despejo irregular desses resíduos, enquanto implementam leis e parcerias para soluções sustentáveis. A seguir, entenda a realidade regional, os esforços em andamento e as lacunas que ainda persistem na gestão de pneus usados no estado.

Descarte irregular de pneus: um risco à saúde pública

Pneus descartados irregularmente em Goiânia acumulam água da chuva, criando criadouros para o mosquito da dengue.
Somente nos dois primeiros meses de 2025, a Prefeitura de Goiânia recolheu 9.203 pneus descartados irregularmente em vias públicas e terrenos baldios. Destes, 308 pneus continham focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue), evidenciando o risco sanitário que o descarte clandestino representa.

Pneus abandonados ao ar livre acumulam água das chuvas e tornam-se criadouros ideais para o mosquito da dengue, agravando a situação principalmente no período chuvoso Esse balanço fez parte de um plano emergencial de combate à dengue, ressaltando a conexão entre gestão de resíduos e saúde pública.

Ecopontos oferecem destinação adequada

De acordo com Carlos Silva Lemos, diretor de Vigilância em Zoonoses de Goiânia, a prefeitura realiza a remoção de pneus inservíveis apenas em espaços públicos, pois não é permitida a entrada em propriedades privadas sem autorização.

Ele reforça que a destinação correta desses pneus deve ser feita nos Ecopontos da capital, locais preparados para receber resíduos recicláveis. Nesses pontos de coleta, uma empresa parceira realiza a retirada gratuita do material, encaminhando os pneus para reciclagem ou descarte adequado.

Conforme a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), os pneus deixados nos ecopontos são enviados a pontos de coleta gerenciados por empresas especializadas em reciclagem de pneumáticos e posteriormente coprocessados – isto é, aproveitados em processos industriais de forma ambientalmente adequada, de acordo com a logística reversa estabelecida.

Essa parceria público-privada exemplifica como empresas responsáveis atuam para minimizar o problema, retirando toneladas de pneus do meio ambiente sem custo para a população.

Legislação local e responsabilidade das borracharias

Para enfrentar o passivo dos pneus usados, a legislação vigente em Goiânia estabelece a logística reversa obrigatória no comércio de pneus. Por lei, as borracharias e estabelecimentos similares são obrigados a devolver à indústria pelo menos 25% dos pneus que comercializam.

Em outras palavras, de cada quatro pneus vendidos, pelo menos um pneu inservível deve retornar à cadeia industrial para reutilização ou reciclagem. Essa medida visa reduzir o acúmulo de pneus velhos no meio ambiente e incentivar o descarte responsável. No entanto, muitas borracharias ainda não cumprem essa determinação legal, o que contribui para o descarte ilícito em terrenos baldios e margens de ruas.

A falta de cumprimento da norma evidencia uma lacuna na fiscalização e na conscientização do setor, reforçando a necessidade de maior rigor das autoridades e engajamento dos comerciantes na destinação correta dos pneus.

Esforços do poder público e lacunas a enfrentar

Diante do aumento dos casos de dengue e do acúmulo de pneus descartados irregularmente, a Prefeitura de Goiânia intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti. Nos dois primeiros meses de 2025, agentes de saúde realizaram mais de 400 mil visitas domiciliares, orientando moradores sobre a prevenção e identificando focos do mosquito nos quintais.

Além disso, equipes da Vigilância em Zoonoses monitoram as áreas com maior incidência de casos suspeitos e, quando necessário, aplicam fumacê com larvicidas biológicos. Essas iniciativas mostram o esforço do poder público em mitigar os riscos trazidos pelos pneus descartados e outros criadouros do mosquito.

Entretanto, os números expressivos de pneus recolhidos em tão pouco tempo revelam lacunas importantes na gestão desses resíduos. A contínua existência de pontos de descarte clandestino e o não cumprimento de parte do setor privado às normas de logística reversa indicam que ainda há muito a melhorar.

Especialistas alertam que a colaboração da população e dos comerciantes é essencial: é preciso evitar o acúmulo de água parada, manter terrenos e quintais limpos e dar o destino correto aos pneus velhos para conter o avanço da dengue.

Fontes: Dados e informações obtidos do portal Mais Goiás e da Comurg/Goiás Atual sobre ecopontos e reciclagem de pneus, destacando os esforços e desafios na gestão de pneus em Goiás.

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