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1.750 carretas vs 35 barcaças fluviais

1.750 carretas vs 35 barcaças fluviais

Em um avanço notável para o transporte de cargas no Brasil, uma inovação logística está prestes a revolucionar o cenário da indústria.

Imagine uma fila interminável de 1.750 caminhões pesados, cada um carregando 40 toneladas de grãos, como milho ou soja. Agora, visualize essa monumental carga sendo reunida em um único comboio fluvial, onde um único rebocador consegue movimentar um colosso de 70 mil toneladas.

Esse novo e impressionante modal de transporte consiste em 35 barcaças gigantes, cada uma com 346 metros de comprimento e 75 metros de largura, e está prestes a entrar em operação na próxima safra de grãos de 2023 no Brasil. Essa frota de gigantes percorrerá os rios Tapajós, Amazonas e Pará, na região do Arco Norte, viajando desde Itaituba/PA até Barcarena/PA.

A novidade vai redirecionar o fluxo de caminhões que tradicionalmente seguiam para os portos de São Paulo e Paraná, agora optando pelo norte do Brasil, onde suas cargas serão transferidas para as barcaças. A safra de grãos, cereais e leguminosas do Brasil em 2023 é projetada para atingir impressionantes 288,1 milhões de toneladas, de acordo com o 1º prognóstico do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A pioneira por trás dessa operação grandiosa é a Hidrovias do Brasil, uma empresa de soluções logísticas integradas. Atuando em quatro diferentes frentes logísticas, a empresa lidera a região norte (Itaituba-Barcarena, Pará), com capacidade para movimentar 7,2 milhões de toneladas anualmente.

Essa inovação permite aumentar a capacidade de transporte em 40% em comparação com os comboios existentes, resultando em maior eficiência e uma redução de cerca de 10% no consumo de combustível por tonelada movimentada, além de uma significativa diminuição das emissões de carbono por tonelada transportada.

Essa ação está alinhada às metas de combate às mudanças climáticas, refletindo o Compromisso Sustentável da Companhia, que busca apoiar a descarbonização do sistema logístico brasileiro. Em comparação com o transporte rodoviário, o comboio fluvial pode substituir cerca de 1.666 caminhões em uma única viagem, considerando uma média de 42 toneladas por caminhão.

A Hidrovias do Brasil possui operações em diversas regiões do país, atendendo também ao transporte de minérios na cabotagem e cargas diversas na Hidrovia Paraguai-Paraná. Além disso, a empresa é arrendatária da área STS20 no Porto de Santos, desempenhando um papel fundamental na logística nacional. Fundada em 2010, a Hidrovias do Brasil se consolidou como um dos principais atores do mercado, com seu IPO em 2020 na B3, demonstrando seu compromisso com a governança corporativa.

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